A Terra já está a arder...é um cenário real muito grave
Segundo o filósofo e ambientalista Viriato Seromenho Marques "O Homem está a habitar a Terra, não como uma espécie inteligente mas como se fosse a mais bárbara e inculta das espécies."
Esta opinião resulta do aterrador relatório das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que devemos ler e meter nas nossas vidas.
Segundo o estudo, constituído por milhares de artigos, se nada for feito para mudar o rumo, a temperatura na Europa aumentará 1,5 graus até 2040.
Os Governos deste planeta ainda não despertaram para todo o problema, nem trabalham as consequências que, sobretudo, serão:
- Fenómenos cada vez mais extremos e devastadores, como tempestades violentas e frequentes, inundações e desabamentos de terrenos, ondas de calor frequentes. Que têm preparado os Governos para acudir a estas situações?
- Secas prolongadas, incêndios florestais e aridez de solos até agora arborizados;
- Aumento do nível do mar causado pelo degelo dos glaciares que pode chegar, em 2100, aos dois metros, com desaparecimento de cidades, vilas e aldeias. Portugal tem a sua orla costeira em perigo muito sério já nos próximos anos.
Estas preocupações têm de nos fazer agir mas não isoladamente.
O que fazer então?
Os Governos têm de regulamentar o uso e abuso dos combustíveis fosseis, sobretudo, o carvão e o petróleo, e apostar nas energias limpas, fomentar os transportes públicos e outros meios de deslocação, inclusive o andar a pé, defender o meio natural dos incêndios e fomentar a criação de florestas e o seu ordenamento, aproveitar e regular bem o uso da água que vai escassear.
Os cidadãos têm de abdicar de alguns hábitos, começando por se movimentar sem fazer tanto recurso do automóvel próprio, usar a fruta da época em detrimento da importada, reduzir o consumo de carne, plantar e conservar árvores, recorrer aos painéis solares para aquecimento próprio, aproveitar e usar bem a água, etc.
Parece fácil mas não o é.
Repor os hábitos alimentares de outras épocas e usar os meios de locomoção antigos não vai ser fácil mas vai ter que ser. A Terra está a ser destruída e o Ser Humano não vai sobreviver se continuar a destruir a natureza.
O cidadão passivo, como somos quase todos, julga que as coisas não são como se diz e que espera que os outros lhe resolvam os problemas mas isso vai ter que acabar. E vai acabar mesmo... é uma questão de tempo.
A nossa intervenção nas políticas da água e na defesa da floresta, da natureza e dos terrenos agrícolas é indispensável para nosso futuro e para as nossas vidas.
Alcides Soares Henriques