Adicional ao ISP cai com chumbo do Orçamento
A partir de Janeiro os automobilistas já vão sentir o preço dos combustíveis mais baixos.
O imposto adicional sobre o ISP que nós e tantos milhares de Portugueses saímos à rua em protesto para que fosse abolido caiu mesmo com a não aprovação do orçamento de Estado.
O Orçamento do Estado (OE) para 2022 foi mesmo chumbado na quarta-feira no Parlamento. Posto isto algumas medidas atualmente em vigor deverão cair por terra. É o caso do adicional ao ISP - o imposto que incide sobre os combustíveis - da contribuição sobre o setor bancário e da contribuição sobre o setor energético, disseram especialistas ao "Público".
Em causa estão taxas e contribuições que foram implementadas há algum tempo, mas que, para permanecerem em vigor, são sucessivamente renovadas por via do Orçamento pelo prazo de um ano.
Assim o Governo passa a ter de gerir o país a duodécimos a partir de 1 de janeiro, com base no Orçamento do Estado deste ano, mas sem a aplicação deste adicional ao imposto e das duas contribuições.
A Lei de Enquadramento Orçamental diz que não são aplicadas as normas do OE do ano anterior que contenham uma "autorização para a cobrança de receitas cujos regimes se destinavam a vigorar apenas até ao final do ano económico a que respeitava a lei". Esta exceção não afeta impostos como o IRS, IRC ou IVA, mas afeta outros como o adicional ao ISP e as contribuições sobre os setores bancário e energético. Ou seja, estas taxas precisam que um novo OE as reafirme para que continuem em vigor no ano seguinte, de acordo com o jornal.