DESBARATAR...? NÃO DEVEMOS CONSENTIR...! OU ENTÃO ONDE VAMOS CHEGAR?

03-02-2023
Em democracia concedemos o privilégio e a responsabilidade aos mais competentes para orientarem bem os interesses comuns ou gerais.Uma, entre muitas, dessas condições de responsabilidade está o cuidado de gastar bem os recursos.

Não é permitido, nem devemos tão pouco consentir, que seja dissipado ou desbaratado o erário público, seja em que instituição for, desde que nela estejam abrangidos públicos serviços ou de utilidade à comunidade.

Temos presenciado acontecimentos recentes que indiciam má gestão, ou mesmo gestão danosa, da coisa pública, que constitui crime para os seus autores, mas também o dever de repor, nos cofres públicos, tudo o que foi desbaratado ou desperdiçado.Precisam-se meios para a Saúde, que não há, para a Justiça, em que se vai confiando cada vez menos, para a Educação, para a Defesa e Segurança para a rodovia e ferrovia, etc.Todos conhecemos situações degradantes que se arrastam por não haver verbas ou vontade de as arranjar. 

As acessibilidades do IC6, IC7 e IC37, arranjo da EN 17, a reparação urgente do edifício do Tribunal de Seia, a recuperação e substituição da cobertura da Escola Secundária, a conservação do Posto da GNR, o acesso ao aeródromo e a sua indispensável regularização, estão, entre outras necessidades, a pedir intervenção ou concretização.Há longos anos que nos vêm prometendo, sistematicamente, anunciando "esta ou aquela" intervenção ou começo de obra "para o ano" com situações a degradarem-se e a criarem maiores custos e encargos à medida que os meses decorrem. 

Enfim, aquele calvário que, em democracia, não deveria suceder e que se não compreende e nem se pode aceitar.

Ao mesmo tempo, somos bombardeados com casos que, a confirmarem-se, por demasiado graves, são perigosos num regime democrático.

Os dinheiros públicos vão, por vezes, sendo esbanjados em obras infelizes, outros em chorudas indemnizações ou em alterações precipitadas, mas também por más decisões e acrescento de serviços em prejuízo do património e proveito de "espertalhões". 

Temos de recuperar a boa imagem e as garantias de serviços públicos mais isentos, rigorosos e não discriminatórios nomeadamente, na aplicação dos meios e recrutamento dos servidores da causa pública.

A democracia exige seriedade e serenidade. 

A sociedade civil tem de se preocupar, ser atenta e exigente na verdade.

Alcides Soares Henriques 

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