PORTUGAL: "PAÍS POBRE ATÉ EM MOMENTOS DE GRANDEZA."

19-07-2021

FLASH NACIONAL

Por: Alcides Soares Henriques

PORTUGAL: "PAÍS POBRE ATÉ EM MOMENTOS DE GRANDEZA." 

Quem escreveu esta frase, recentemente no Jornal Sol, foi a historiadora Maria de Fátima Bonifácio.

Não sei qual é a ideologia política desta Senhora, e até pouco me interessa para este caso. Percebo que é pessoa preocupada e patriótica.

Portugal nasceu da violência entre D.ª Teresa e seu filho Afonso Henriques no dia 24 de Junho de 1143, dia que deveria ser feriado comemorativo.

A formação deste País Nação foi-se fazendo passo a passo até à conquista final pro D., Afonso III, em 1249, com a conquista definitiva do Algarve aos Mouros. Houve trabalho, persistência, coragem e valores.

Passámos por períodos de grandeza mas também de pobreza e até de miséria, quase sempre motivada por falta de orientação.

Das especiarias da Índia, e seu comércio, perdidas para os Holandeses e Ingleses, ao esbanjamento do ouro e da prata do Brasil até a míngua, foi que o final da Monarquia nos trouxe.

De facto, a vida política, no final da Monarquia, tornou-se um "lamaçal" com epílogo do vergonhoso ultimatum Inglês.

Nessa altura, um intelectual republicano (refere Fátima Bonifácio) não teve dúvidas em dizer: «Mil vezes um tirano, duro e frio, contanto que inteligente e patriota, prendendo, deportando, perseguindo, mas impondo à estima do mundo um povo [...], do que um bando de politicantes histriões, atascados em torpeza e estupidez.»

A Europa trouxe-nos esperança mas parece que se vai esvanecendo e alguma riqueza esbanjada em grande parte.

Nunca como hoje está tanto em causa a liberdade de expressão e opinião.

A iliteracia, mas também a politiquice, misturada com a partidarite interesseira não deixam perceber o que são as liberdade e, talvez, haja quem as confunda com ideais vesgas e opiniões tacanhas, quando não lhe quadrem, nem agradam.

Há modos de vida que a sociedade, em geral, poderá interessar num determinado momento, mas arredada de uso futuro.

Diz Paulo Dentinho que a censura está cada vez mais engenhosa e até persistente.

Desde há mais de um ano que vivemos bombardeados pelo tema da Pandemia - número de infectados, concelhos em risco, vacinas desta e daquela farmacêutica, mortos, internados nos cuidados continuados, etc.

Não passamos disto dias e dias e de outras opiniões envolventes que nem são elucidativos nem pedagógicos nem esclarecedora quanto aos cuidados a tomar.

A seguir à Pandemia, temos sido avassaladoramente "castigados" com processos mediáticos de Sócrates, Ricardo Espírito Santo, Armando Vara, Berardo, Vieira, e outros, que se seguirão, pois o país parece estar cheio de casos...

Deste "massacre" nada de proveitoso se nota que tenha resultado positivo para o país.

Não se vê o país ser tratado como terá de ser para se desenvolver.

Como na monarquia e depois dela, continuamos pobres, ou cada vez mais pobres, como já é evidente no pós pandemia.

A economia é o que se sabe, os impostos são sufocantes e não atenuam, nem se vêem os seus efeitos, a educação está cada vez mais ideológica, a vida do cidadão mais difícil, os serviços públicos não correspondem às expectativas e, de entre eles, se distinguem a saúde e a justiça. O atendimento é cada vez mais distante e, quiçá, insuficiente. A resposta do Estado é parca e pouco eficaz. Algo não vai bem ou mesmo nada bem.

E se manifestarmos preocupação, que é partilhada por uns, pode ser violentamente criticada por outros ou ignorada por quem deveria pensar e reflectir. Levantam-se ondas de amuo e de incómodo.

Continuaremos pobres na inteligência, o que é mau, e fracos nesta democracia, apesar de se julgar que não é assim que funciona.

Paciência! Até quando e como o país suportará este engano em que o povo vai embarcando?

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