GOUVEIA E NELAS FAZEM FORÇA PELO AERÓDROMO DE SEIA

19-05-2023

Uma reportagem transmitida por uma televisão, no dia 15, deu a conhecer que o Aeródromo Municipal de Seia ainda não tem meios aéreos de combate aos incêndios da época em curso.

Nesta peça foi referido que estariam destinados dois "Helis Kamovs" que, no passado, muita discussão desencadearam.

Disse o Ministro da Administração Interna, à margem da abertura da conferência, que "o Inverno Demográfico", desencadeado pela guerra da Ucrânia, tem dificultado à contratação de mais meios aéreos.

Tudo serve para justificação…

A realidade é que Seia está, aparentemente, no fim da lista da dotação destes meios aéreos. Paradoxalmente, foi o primeiro aeródromo escolhido para operarem, anos e anos, os meios mais pesados, os chamados "CANADAIR", mas que foram desta região retirados sem nunca se ter dado explicação. 

Na realidade, aponta-se falta de licenciamento do aeródromo para operarem estes meios aéreos, dado que o Município não realizou as correcções, na pista, que a segurança determina.

Ouvido o Presidente da Câmara, sobre este assunto, adiantou que no aeródromo já foram gastos mais de cem mil euros no desbaste do terreno, limpeza da área envolvente, corte de árvores e manutenção das infra-estruturas e que, depois disto, a culpa é das entidades da aeronáutica que ainda não emitiram o licenciamento.

Recordamos que o aeródromo esteve décadas ao serviço dos meios aéreos e da própria Força Aérea, que tem utilizado a infra-estrutura sem tais objecções. O certo é que os acessos nunca foram tratados e as infra-estruturas levaram anos a construir.

Se serve para alguns aviões já não serve para outros, compreende-se, mas não se entende é a razão desta situação se arrastar, com desculpas que não são da compreensão do cidadão comum, e que não lhe forneçam as justificações para se alcançar a razão desta passividade.

Falta de vontade de quem manda?

Faltam condições, e quais, ao aeródromo?

Porque serviu ele tantos anos de base dos Canadairs e, agora, nem os helis lhe destinam?

A situação nunca foi clarificada, mas temos o direito de saber as causas e ponto da situação.

Na referida reportagem televisiva, o Senhor Presidente da Câmara adiantou que iria entregar, ou já tinha entregue, documentos para a regularização do aeródromo. Porquê só agora, quando o início da época de incêndios já foi declarada?

Uma infra-estrutura única no Distrito e na Região, que constitui uma mais valia importante do concelho, não apenas no combate mas para outras utilizações úteis, tem de merecer toda a preocupação. Bem diz o Comandante dos Bombeiros de Nelas e o Presidente de Gouveia dos Bombeiros: "É uma pena o aeródromo de Seia estar vazio de aeronaves quando podiam constituir um importante contributo."

Até precisamos de Nelas e Gouveia para avivar o assunto.

Nós por cá esperamos sentados…

Esperando-se que os documentos, que o Senhor Presidente diz que entregou às entidades aeronáuticas, resolvam, definitivamente, esta situação de anos a esta parte. 

Já agora, seria, também, oportuno saber-se como estão as "promessas" quanto ao avanço dos ICs e da linha da Beira Alta, assuntos que, creio, constituirão assunto da agenda da audiência com o Senhor Ministro das Infra-estruturas…

E já agora, para quando será o início dos trabalhos prometidos para a intervenção na Estrada Nacional 17, promessas que vêm sendo adiados desde…2017…!

Os nossos interesses locais merecem a maior atenção e toda a preocupação. O silêncio, ou descuido, não os resolve…

Alcides Soares Henriques

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