Por: Alcides Soares Henriques 

UMA SÉRIA E ANGUSTIANTE QUESTÃO.MAIS IMPORTANTE QUE A POLÍTICA É A DEMOGRAFIA. 

A população portuguesa está a reduzir. O Interior de Portugal está a desertificar-se. Mas de quem é a culpa disto acontecer? O que está pensado e previsto para inverter sobre esta tragédia? Sim, trata-se de uma quase tragédia nacional. Os governos (não apenas este), mas todos, sobretudo os últimos quatro ou cinco, conhecem e sabem deste problema, mas pouco ou nada fizeram para o combater. 

Este assunto não os envolveu, nem preocupou como devia. Porquê? 

Que valores pode ter um país sem gente nova que produza riqueza que viva e se envolva nos assuntos ou que trabalhe no desenvolvimento e no enriquecimento do país, no fundo, e que o promova com novos incentivos e ideias.Que importa falar das paisagens, da gastronomia, dos recursos do Interior do país se não há população que conserve estas condições e as trabalhe?

Portugal está a tornar-se um país de velhos e idosos que vivem das suas reformas. A população de Portugal é cada vez mais idosa e já não produz. Sem produção não há riqueza para distribuir, mas há encargos sempre aumentar. 

Nota-se muito a falta de mão de obra em muitos sectores.Assim, a pobreza crescerá inevitavelmente.Faltarão assim recursos indispensáveis à vida social e não viveremos eternamente a endividar-nos ou a depender dos outros através dos empréstimos. 

Não vamos poder manter-nos sem produzir riqueza e trabalhar nela.

A situação é, pois, grave mas tão grave é o nada ter sido mudado, nem previsto fazer.Que vale viver o dia de hoje sabendo que o amanhã pode ser negro e preocupante? Dramático é pensarmos, se quisermos pensar, que a situação caminha para um agravamento.

É revoltante perceber que os Governos e as Câmaras, pelo menos algumas, não se envolvam no assunto, não o trabalham, não façam o que deveriam fazer pela demografia pelo país, pela região e pelo concelho.

Há que tratar desta situação.

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P.S.: Uma pequena notícia na página 7 do Correio da Manhã de 4 de agosto diz: "Aulas em Colômbia do ex-ministro Pinho compradas por 300.000,00 € / ano. Depois de sair do Governo Pinho quis dar aulas. Em Novembro de 2009 Mexia, responsável pela EDP, reuniu-se com alguém da universidade dos Estados Unidos e terá prometido dar 300.000,00 € por ano à universidade se ele contratasse Pinho como professor."Fantástico! E depois ninguém é responsável neste país pelo abuso do nosso património.