Não passa esta "dor" de Covid
Alguns estabelecimentos de ensino, do nosso meio e comunidade escolares, suspenderam as actividades presenciais de turmas face aos números de contágios que, nas últimas semanas, alcançaram neste território.
Este surto, esperado, deveu-se, segundo as autoridades, a uma certa despreocupação quanto à observância das regras mínimas de protecção e dos cuidados que se foram descurando.
A mensagem que rapidamente se difundiu foi a da libertação. Este estado de espírito assim difundido não é compatível com as preocupações, nem com reservas nas atitudes a tomar em público ou nos locais de maior concentração de pessoas e nos recintos cobertos. E disso terá sido bem avisada a opinião pública?
A gente mais nova, "avessa às teias e às amarras", ávida de convívio e de confraternização, terá contribuído para o retrocesso do índice de contaminação. Nem terá, sequer, considerado os últimos conselhos, tantos deles contraditórios.
No meio de tudo isto, há ainda os que, algo despreocupadamente, se não lembrem sequer dos outros que no meio são atingidos com as consequências. Elas aí estão, como poderia deixar de acontecer, onde sobretudo impera a incúria. O recurso aos testes foi uma delas.
Responsáveis educacionais suspenderam as aulas presenciais mas depois desta decisão seguiu-se alguma desorientação por inexistência de oportunas orientações. As crianças e os alunos infectados ficaram reservados, os outros esperaram vários dias pela realização dos testes e de ordens de quem não sabia o que comunicar.
Da ansiedade à revolta foi um instante...
Não correu tão bem este período de tempo e, sobretudo, os envolvidos perceberam, com preocupação e angústia, o funcionamento desta cadeia com importância na vida dos alunos e dos pais.
A regra do isolamento de qualquer um que alguns colocaram, e bem, em dívida foi a do confinamento ou isolamento profilático durante semanas, já depois da anunciada libertação e da campanha de vacinação geral concluída.
Que prejuízos à economia familiar, e às famílias, se não terão novamente provocado?
E que justificação (perante a libertação) e adequada informação se deram aos isolados para permanecerem confinados com os seus filhos, como se ainda estivéssemos nos noutros tempos recentes?
Sendo que, na prática, esta falta de oportunidade e até de clareza das orientações deu causa a opiniões e atitudes diferentes. Pergunta-se porque não houve, nem há, essa clareza de informação rápida quanto ao isolamento do país, a eficácia na realização dos testes e oportunidade das comunicações aos diferentes agentes e interessados? Há falta da cadeia de autoridade? Ninguém assume responsabilidades? Como assim?
Há quem, por mera precaução, tenha ficado reservado vários dias com as crianças sem haver infecção e com vacinas em dia e sem saber o que fazer! Porquê?
Isto traduz-se num prejuízo económico e numa evidente perturbação familiar, senão ainda mais grave, numa perturbação ao equilíbrio psicológico da família.
Parece que não se evoluiu grande coisa, nem se aprendeu como se devia com esta "diabólica" pandemia. Mas que já é tempo é! Sobretudo saber-se o que prevê possa vir a acontecer nos próximos meses e acompanhar e respeitar as informações e indicações da Organização Mundial de Saúde.