NOVAS ÁRVORES NA 1.º DE MAIO. AS ESPÉCIES NOVAS SERÃO AS ADEQUADAS?

12-05-2023

Em substituição de parte das árvores suprimidas na Avenida 1.º de Maio, a Câmara, ou os Serviços da área da Botânica e do Ambiente, que se deseja sadio, optaram por colocar outras espécies diferentes das que ali cresceram, quer na encosta do Largo da Feira, quer na rua e jardim adjacente do Cemitério Municipal.

Recorde-se que as anteriores existentes eram variedades da espécie Quercus (Carvalho), Tília de copa redonda, frondosa e fresca, e com afloração aromática.

Quanto às novas espécies, elas são Bétulas, designadamente o Vidoeiro Branco plantado em frente aos Bombeiros, aguardando-se que outras espécies, eventualmente, venham a ser plantadas.

Não se critica a escolha, desde que cientificamente se comprove que a espécie, agora implantada, é a mais adequada no lugar e que melhor pode servir os demais interesses de lazer, de equilíbrio e de sustentação ambiental e até do clima da zona.

Parece que esta se tratará, então, de uma abordagem sem grande significado ou importância.

Não será disso que nos ocupamos, mas de assuntos que nos merecem alguma preocupação, como certamente a muitas outras pessoas, sobretudo se nos lembrarmos que nesta cidade se nota alguma inconsideração quanto ao arvoredo e à forma, ou maneira, como é eliminado sem ser substituído.

Junto às duas Igrejas, foram eliminadas árvores, algumas centenárias, que jamais foram substituídas.

Nos jardins, a pretexto, de pouco ou nenhum sentido, foram desaparecendo outras bastante úteis e frondosas e até históricas, nalgumas avenidas sacrificaram-se outras unidades, para não falar na mata do CISE ou nos eucaliptos à entrada da cidade.

O pretexto para o abate de muitas nunca foi bem explicado e muito menos fundamentado. Para nós, e até prova em contrário, consideramos que houve precipitação/erro.

A cultura ambiental é indispensável e não podem ocorrer situações ao "sabor de ideias" de quem não sentir a obrigação ambiental como um desígnio de cultura e cidadania quando toma estas decisões.

Esperamos, pois, que as Bétulas e as outras espécies que vieram a ser plantadas e que acabem por vigorar (outro ponto crítico desta missão) tenham sido uma opção fundamentada e não uma atitude para iludir criticas.

Alcides Soares Henriques

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