O céu de novembro de 2022

03-11-2022
Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC e FCTUC)
Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC e FCTUC)

A primeira madrugada deste mês coincide com o quarto crescente, no entanto esta fase lunar implica que a Lua só pode ser observada ao final da tarde seguinte. Neste dia a Lua apresenta-se junto ao planeta Saturno na constelação do Capricórnio.

Dois dias depois desta efeméride comemorar-se-á o 65º aniversário do lançamento do Sputnik 2, o segundo objeto construído pela humanidade a orbitar a Terra, e o primeiro a levar um animal a bordo: a famosa cadela Laika.

Na noite de dia quatro a Lua será vista ao lado do planeta Júpiter, o qual por estes dias se encontra entre as constelações do Aquário e dos Peixes.

A Lua Cheia chegará pelas onze horas de dia oito de novembro. O alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua dará origem a um eclipse lunar total que, dada a hora, não será observável em Portugal.

Dia nove o planeta Úrano estará em oposição, a posição diametralmente oposta do Sol. Assim, Úrano encontrar-se-á no limiar do que pode ser observado a olho nu num céu completamente livre de poluição luminosa, algo cada vez mais raro nos nossos dias.

Neste mesmo dia a Lua situar-se-á junto do aglomerado estelar das Plêiades (ou Sete-Estrelo), um aglomerado de estrelas que ser formaram na mesma nuvem molecular há cerca de cem milhões de anos e que parecem enxamear o dorso da constelação do Touro.

No dia onze, a Lua terá chegado até à ponta dos chifres desta mesma constelação, donde por estes dias também encontramos o planeta Marte. Neste dia comemora-se o 40º aniversário da quinta missão vaivém Colúmbia, a primeira envolvendo o lançamento de satélites a partir deste tipo de veículo espacial.

Neste mês ocorrem os picos de atividade de várias chuvas de estrelas. As chuvas de estrelas Táuridas do Sul (no dia cinco) e Táuridas do Norte (no dia onze), supostamente originadas pelo cometa 2P/Encke, são relativamente fracas, não superando à meia dezena de meteoros por hora. A seu turno, na noite de dia dezassete terá lugar o pico de atividade de outra chuva de estrelas três vezes mais intensa que as duas anteriores: as Leónidas.

O quarto crescente terá lugar no dia dezasseis, enquanto a Lua nova irá ocorrer na noite de dia vinte e três. Esta última efeméride coincidirá com o 45º aniversário do lançamento do satélite meteorológico Meteosat 1.

O planeta Mercúrio reaparecerá nos céus vespertinos a partir de dia 25.

No penúltimo dia do mês dar-se-á uma nova passagem da Lua junto de Saturno, mas desta vez o quarto crescente apenas terá lugar no dia seguinte.

Boas observações!

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