O OCIDENTE ESTREMECE! O FUTURO É UMA INCÓGNITA QUE DEPENDE DA NOSSA POSTURA
Desde há algumas décadas que o mundo vivia numa certa acalmia, aproveitada com mestria e astúcia por quem se não conformou com o desmoronamento estrondoso da divisão dos blocos.
O Ocidente, possivelmente incauto, vivia num clima de paz que, hoje, se mostra estar minada.
Começou neste Ocidente, mas apenas em parte, a manifestar-se alguma lamentação pela lentidão de se perceberem as intenções e os desígnios projectados dos que não querem a democracia verdadeira.
Não se sabe se o despertar para esta questão já não é tardio e que consequências isso pode trazer.
Não há muita gente a desejar a guerra, mas quem a deseja e a desencadeia é gente perigosa, que pode causar danos irreversível neste mundo de interesses antagónicos. O perigo existe e é real.
Um qualquer prepotente e louco é suficiente para desencadear uma destruição, de consequências não quantificáveis, de aniquilação da Humanidade e do próprio Planeta. Há grande risco da espécie humana.
O conflito em curso, na Europa, talvez tenha alertado consciências, embora tardias, mas nem todas estão suficientemente despertas para o enorme risco de sobrevivência em que nos encontramos. O Mundo, hoje, está dependente de um qualquer "click" à mente de um louco ou de irresponsável que põe em causa a espécie humana e a dos seres vivos.
Temos de nos preparar para uma luta de sobrevivência em condições imprevisíveis.
O Mundo Ocidental e, nomeadamente, alguns países da União Europeia estão a concentrar a sua preocupação nos seus mais particulares interesses e alheios ao perigo que os rodeia e na convicção, certamente formada, de não se querem envolver nesta onda, pensando egoisticamente.
Não sei se esta atitude evidencia ignorância ou esperteza, egoísmo ou traição mesmo.
Depois de algumas décadas de acalmia, o Mundo, tal como alguém profetizou, viu esse estado esfumar-se, regressando a um mundo de antagonismo, gerador de conflitos de interesses, guerras e destruição.
Só não interpretará assim quem não quiser reflectir ou se convence que estas situações não vão acontecer.
Este estado de alma é, no fundo, o prolongamento da ideia criada de inércia e desleixo que se foi instalando nas sociedades democráticas.
Sabe-se lá se não vão acordar estonteadas e desorientadas nos próximos tempos. Então o que serão as sociedades democráticas no futuro?
A democracia tem de ser defendida, mas tem custos enormes e exige grande esforço e tenacidade da colectividade. Para quem, por tudo e nada, empolou o direito à liberdade tem de se esforçar, e muito, para a manter enquanto é tempo.
Por: Alcides Soares Henriques