PORTUGAL A CAMINHAR PARA A CAUDA DA EUROPA?
Desde 1999,
Portugal foi sendo, sucessivamente, ultrapassado por 11 países da União
Europeia. Abaixo de nós, apenas três países.
Entre 1986 e 1998, Portugal cresceu a ritmo elevado, atingindo um nível económico e social confortável que o aproximou da média Europeia.
Depois do Governo de Guterres, a situação económica foi-se reduzindo até ao ponto do endividamento, que culminou no Governo de Sócrates e que nos levou à "Bancarrota" e ao pedido de intervenção da Tróica, que veio impor elevados sacrifícios, como ninguém esquecerá.
O que se passa com este nosso país que nos "puxa" para baixo?
As reformas da justiça não acontecem, a baixa produtividade é uma realidade, a dívida pública é muito elevada, existe falta de eficácia em alguns serviços e o investimento é fraco, o que contribui para este estado que nos deve envergonhar.
É fácil gastar e distribuir recursos, só que estes vão sendo cada vez mais reduzidos. Para distribuir riqueza é preciso criá-la. Ou mudamos de vida ou amargaremos este engano em que nos sustentamos ingloriamente.
Vamos ter um novo Governo, só que as críticas, ao elenco governativo e às propostas do programa, não criam optimismo. Os ministros são mais políticos do que gestores e técnicos, ao contrário daquilo que o país necessita.
Parece que se dá mais primazia ao partido do que verdadeiramente às causas futuras que o país vai ter de enfrentar, resolver e imprimir no interesse geral da vida colectiva e, nomeadamente, as grandes questões preocupantes como são a demográfica e a desertificação das áreas mais afectadas do interior.
Alguma preocupação já temos com a inflação que vai subindo e também, com os juros que agravarão a nossa dívida.
Se o Governo não encontrar as melhores soluções para as consequências da guerra, da inflação e da dívida então chegaremos rapidamente ao último lugar dos 27 do "Clube da Europa". Aí poderão voltar as restrições mais cedo ou mais tarde.
Os Portugueses vão-se sentindo acossados financeiramente e a perceber que o nível de vida não inverte o sentido descendente.
Exige-se prudência nos gastos públicos e, sobretudo, nas despesas que não produzem riqueza. Até na nossa cidade se continuam a ver gastar milhares de euros (como na Feira e arredores) sem ter havido aquela exigência e preocupação de respeito pelo dinheiro que tal obra, e outras, devem merecer.
É tempo de se reflectir bem, onde e como devemos aplicar os recursos e impostos pagos, suportados por cada vez menos cidadãos contribuintes.
O consumo não é a alavanca da economia desejada, pelo menos em Portugal, pelo menos isso não está evidenciado.
Precisamos de crescer, produzindo mais riqueza para repartir o melhor que nos for permitido.
Esperamos que o horizonte sombrio que se depara neste ano de 2022 não se agrave mais ainda nos próximos tempos.
Precisamos,
entretanto, de seguir os bons exemplos dos outros países que nos foram
ultrapassando e vão passar a viver melhor.