PROFETIZANDO... MAS LÁ CHEGAREMOS!

Aqui nada acontece que, surpreendentemente, beneficie, por direito, estas comunidades.
Há surpresas sim, mas negativas como a perda de serviços públicos ou o mau funcionamento dos serviços das instituições, constantes adiamento de investimentos na rodovia, despromoção da linha da Beira Alta, no cancelamento da construção da Barragem de Girabolhos e de outras obras anunciadas, como os ICs que não se realizam, etc.
A nível do concelho não surgem iniciativas que possam, de alguma forma, compensar esta perda de decadência económica e até social.
Este sector, a curto prazo, vai tornar-se palco das situações a preocupar e a "exigir" acções do Estado, das Autarquias e das instituições de solidariedade.
A realidade actual assenta numa evidência:A população activa diminui, não há fixação de quadros que dirijam e impulsionem este território e há mais idosos que vão precisar de serviços de assistência, para o que não há resposta.
Não temos trabalhadores em número suficiente para os desempenhos necessários;
Os cuidados a prestar implicam outros recursos, competências e actuações; As instalações necessitam de adaptações e de melhorar a institucionalização dos utentes;
Os recursos próprios são baixos e as contrapartidas do Estado não acompanham o aumento dos encargos e dos investimentos necessários.
Esta realidade surge no nosso horizonte. Não há, porém, preparativos para os meios de resposta atempada e adequada.
Que podemos esperar se não houver uma profunda reflexão e cuidada intervenção?
Promessas existem, mas raramente utilizadas.Há hoje piores serviços, situações de desigualdade, falta de resposta à população idosa, doente ou isolada e pobreza a crescer.
Não vamos nada bem... É o que merecemos ter!
A situação económica e social, sobretudo familiar, alterou-se.
A adaptação a esta modificação não é suficiente ou até nem existe. O Estado Social está a falhar neste e noutros aspectos e não se pode branquear esta degradação, nem calar a situação para que caminhamos.
O país empobreceu, mas também a população mais frágil está a ficar esquecida.
Que país é este? Não é certamente o país que pretendíamos!