MEXAM NESTA TERRA...!

09-08-2022

A preocupação é, para muitos, trazer pessoas para as suas terras, fixá-las e dar-lhes as condições essenciais para se sentirem bem.

Nem todos conseguem, uns por indiferença e outros por incapacidade e daí o declínio ou o marasmo que vai acontecendo.

Há terras sem dinâmica que não criam riqueza e, sem ela, não há desenvolvimento, antes decadência. E se os recursos forem mal aplicados a situação ainda piora.

Em tempo de férias, pelo menos, há que promover as capacidades dos territórios e cativar quem faz visitas.

Muitos emigrantes fazem questão de vir ao seu país em Agosto. Para eles, há dois destinos ou visitas (para além da sua terra) quase imprescindíveis: Fátima e uma passagem pela Serra da Estrela, segundo rezam as estatísticas e a comunicação confirma.

Não podemos comparar-nos a Fátima, mas quanto à Serra, e no que nos pode dizer respeito, perguntamos o que fizemos ou pretendemos fazer para tornar atractiva, e até cativante, a vinda ou a passagem por Seia? É isso mesmo...! Cada vez há menos gente a utilizar a principal porta de acesso à Serra porque, a par das acessibilidades do Século XX, não oferecemos nada de novo que seja atractivo, do ponto de vista cultural, histórico, recreativo, nem, talvez, gastronómico.

Por Seia passam mas pouco se detêm.

Seia já não é destino como era até há bem pouco tempo! Porquê? Incapacidade nossa, falta de iniciativa ou receio de enfrentar desafios?

Vemos Seia continuar a definhar, a arrastar-se nos mesmos ideais, sem dinamismo, sem investimentos geradores de progresso e evolução cultural, sem, no fundo, haver gente empreendedora com ideias e inovações práticas.

Os nossos vizinhos mexem-se, vê-se que se esforçam, captam ou tentam captar investimentos, progridem e até crescem... Estes casos deixam-nos tristes.

O nosso "fado" é, pois, assistir sossegadamente, e sem fazer ondas ao marasmo, ou à decadência sem se perceber porquê que nada acontece! Nem copiar dos outros somos capazes... Gloriem-se os audazes...

Precisa-se brio por esta terra.

Precisa-se também, urgentemente, de novas mentalidades com energia criadora, que recoloque esta cidade noutro andamento do verdadeiro progresso.
Por: Alcides Soares Henriques  

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