Seia: DA SAÚDE À EDUCAÇÃO
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- No último concurso de colocação de médicos de família, nenhum terá sido colocado em Seia.
Preocupa não ter sido ninguém destacado.
Será que não escolheram o concelho ou não houve mesmo distribuição para Seia?
O concelho, na sua globalidade, há muito que vem perdendo a preferência, outrora mais disputado. Há, certamente, que combater as causas deste, aparente, desencanto que também atinge a nossa comunidade e, particularmente, o Hospital, para o qual não são visíveis decisões que facilitem o recurso a mais cuidados de saúde tão indispensáveis.
Se a área da saúde é preocupante, não é menor a do ensino/educação. Faltam professores, ou por doença ou causa não conhecida, que afecta o normal decurso do ano lectivo.
Por sua vez, constata-se que no Polo do Politécnico as candidaturas não atingiram 20 % do preenchimento das vagas disponíveis na primeira colocação...
Há cursos com poucos alunos, os quais não sabemos como poderão vir a funcionar.
Claro que esta procura (fraca ou mesmo nula, nalguns cursos) tem na origem os próprios cursos, nas suas ofertas de emprego e saídas profissionais.
Como foram criados ou destinados os cursos ao Politécnico de Seia? Com que objectivos para a região?
Veja-se, contudo, e só para percebermos a motivação que acontece em Oliveira do Hospital, onde existe outra realidade e outra dinâmica social económica e política.
Esta inquietação é sentida, mas não por todos nós, penso eu.
Todos conhecemos esta realidade, mas, apesar disso, ela mantem-se ou agrava-se e sem remédio à vista.
Deverá preocupar o cancelamento das obras da Escola Secundária, ao que se pensa por falta do visto do Tribunal de Contas, que não autorizou, dado ultrapassar o limite dos encargos financeiros do Município de Seia.
Quanto a obras de conservação e reparação, o Centro de Saúde constitui uma incógnita a falta de concorrentes à sua execução.
Na mesma situação, de degradação progressiva, está o Tribunal que, há anos, espera intervenção e financiamento.
Tem sido sempre difícil "a vida" de Seia quando depende do Estado e da sua vontade...
Alcides Soares Henriques