O Concelho de Seia parou há 12 anos atrás. PARTE II
Não estamos ao serviço da Direita, da Esquerda nem do Centro. Estamos ao serviço dos nossos leitores. Nunca dependemos do Município para o que quer que seja e esperamos não vir a depender pois nesse dia deixaremos de ser independentes.
A nossa missão é informar para formar.
Sabemos que há quem não goste da nossa maneira recta e independente de estar na comunicação social mas não obrigamos ninguém a isso. As pessoas são livres.
Letras do Alva felizmente não está sediado na Venezuela ou em outro qualquer país socialista/comunista/ditatorial pelo que temos a nossa linha editorial. Quem gosta gosta, quem não gosta tem mais por onde escolher.
Sabemos que somos insultados gratuitamente por certas personagens da nossa praça mas em nada isso nos atinge.
Nós não tratamos mal ninguém nem insultamos, nem perseguimos ninguém. Apenas temos a lucidez necessária e distante de analisar o nosso Concelho fora do quadro político seja ele qual for.
Não obrigamos ninguém a seguir a nossa página.
Defendemos que Seia parou há 12 anos a esta parte porque entendemos que quer gostem quer não gostem Eduardo Mendes de Brito foi um grande Presidente que o Concelho de Seia teve e fez muito pelo nosso território. Não vamos enumerar o que fez ou não fez porque gastávamos a "tinta toda" só com Eduardo Brito e não é essa a finalidade desta artigo de opinião.
Da mesma forma que elogiamos no geral o trabalho de Eduardo Brito enquanto esteve à frente da Câmara Municipal de Seia também criticamos o trabalho levado a cabo por Carlos Filipe Camelo (CFC) que em nada se pode comparar senão vejamos:
Como escrevi na primeira parte deste artigo foi nos mandatos de Filipe Camelo que encerraram dezenas de escolas e jardins de infância em todo o Concelho. Encerraram "postos médicos" nalgumas aldeias. Baixou muito consideravelmente o número de médicos de família. Perderam-se consultas de especialidade no Hospital, Deixaram de haver médias empresas a apostar em Seia. Muito comércio encerrou portas. Três mil pessoas emigraram e imigraram para outras paragens. As aldeias ficaram mais pobres nestes últimos 12 anos. A rede de transportes públicos das aldeias do concelho para a cidade é quase inexistente. Temos conhecimento de pessoas que não podem vir trabalhar para Seia, por exemplo para a ARA, porque não têm como vir. O desemprego aumentou e muito nestes últimos doze anos. A aposta na agricultura e na floresta não foi nenhuma.
Infelizmente nos mandatos de Carlos Filipe Camelo o concelho de Seia ficou bem mais pobre em tudo.
Não queremos com isto dizer que fosse este o objectivo do ainda Presidente da Câmara Municipal, nem acreditamos nisso, entendemos foi que não teve visão, estratégia nem afinco para atrair para Seia aquilo que devia nos sectores empresariais e turísticos sendo estes dois sectores para nós os pilares que devem nortear a aposta no nosso Concelho a par de uma rede de transportes públicos eficaz.
Para muitos cidadãos conterrâneos nossos, Filipe Camelo retirou Seia do mapa.
Não teve um vislumbre de ideias ou inovação à frente dos destinos do concelho, justificando a sua apatia no pagamento de uma divida, mas ao mesmo tempo a desbaratar dinheiro em novelas, camiões e máquinas de limpar as ruas.
Poda aqui exercer a minha reflexão sobre mais assuntos sobre os quais não tivemos resultados, por exemplo:
Em 12 anos morreu o Hotel de 5 estrelas em Seia,
Morreu o empreendimento da Jagunda com campo de Golf,
Morreu a fabrica de Biomassa da Abrunheira.
Morreu o teleférico de Alvoco,
Morreram os ICS onde nem o IC7 de ligação à Covilhã que serviria a parte alta do concelho voltou a ser falado.
Morreu a barragem de Girabolhos em troco de alguns milhões que foram tostões.
Morreu o Aeródromo, deixando de ter meios aéreos, mas onde se gastaram milhões para criar um castelo para algumas personagens especiais;
Morreu o largo da feira, sem que se perceba a utilidade do dinheiro que lá vai ser gasto, e do quase meio milhão de euros que custou a encosta que vai do parque até à curva dos carvalhos;
Morreu também um sistema de águas e saneamento da responsabilidade do Município, para ser entregue a mais algumas personagens e que todos temos de pagar.
Sentimos também que se perdeu alguma sensibilidade social com as questões das famílias.
Entretanto empresas de Seia foram e vão para concelhos vizinhos;
Muito mais havia para analisar nestes últimos 12 anos.
Na esperança que tudo se inverta, na esperança de um concelho com mais vigor e vitalidade resta-me desejar a todos os candidatos à autarquia de Seia e demais órgãos autárquicos a força necessária para darem outro rumo ao Concelho de Seia, pois tal como nós, tal como eu, não acredito que haja um único candidato que não queira isso para o nosso território.
Um futuro Melhor é o que Seia precisa.
Luis Silva
Director/Editor do Jornal Letras do Alva