SEIA (Reflexões à vida citadina)
UM FLASH À CIDADE
Lembrámos, há poucos dias, as dificuldades (que vão cada vez mais) acontecendo à circulação do automóvel nas vias da cidade e ao transtorno crescente em encontrar um local para estacionar em Seia e em segurança.O "Largo da Feira" e do Pavilhão, agora em transformação para destino que não se sabe bem qual, "aguentavam" dezenas de estacionamentos e resolviam, quase sempre, dificuldades a quem se desloca, pelas variadas razões e necessidades, a esta cidade.
Esses dois espaços, bastante amplos, desapareceram por força das ditas requalificações, como aconteceu com o espaço anexo da Igreja Matriz, este embora temporariamente, assim se julga.
Ao mesmo tempo, em várias ruas e avenidas foram sendo instaladas esplanadas, que continuam a alongar-se, não se sabe como, nem em que moldes, encurtando o estacionamento.
Algumas esplanadas, nesta cidade, viraram moda, mas o funcionamento de algumas não justifica tanto espaço ocupado.O que acontece é que estas circunstâncias e situações criaram dificuldades ao trânsito, contribuíram para paragens em segunda fila e causam constrangimentos à livre circulação numa boa parte.
Esta questão da circulação tem, pensamos, de preocupar ainda as entidades responsáveis sempre que, por qualquer motivo simples de trabalho nas artérias, se "corta" sistematicamente a circulação, quantas vezes por só comodidade e, quiçá, até pouca consideração por quem tem de andar e circular para trabalhar, como qualquer uma pessoa.
Muitas situações podem ser tratadas em horários mais convenientes e sem tanto constrangimento.Há exageros que podem, e devem, ser eliminados. É só parar, ver e pensar...
Também pegou de moda os afazeres diários nas ruas, que obrigam ao desvio do trânsito. E quase "por dá cá aquela palha"... Esforço,sacrifício e imaginação em procurar soluções que acarretam ao cidadão o menor constrangimento são bem aceites.
Com o volume dos trabalhos que simultaneamente decorrem na cidade com passeios novos, vias estreitadas, esplanadas instaladas, obras nas paragens, passadeiras elevadas, põem à prova à capacidade nervosa e a paciência dos cidadãos, a par das infracções e das multas que também acontecem, tudo complicando a vida a qualquer cidadão do automóvel.
Costuma-se dizer que "nem tanto ao mar, nem tanto à terra" e tudo deve ser temperado como o "sal na alimentação". Algum bom senso traz virtude e compreensão, numa época que não é fácil já viver em sociedade, tantas são as limitações que são criadas e tantas as regras, ordens, proibições a respeitar.
Por: Alcides Soares Henriques