DEIXOU DE HAVER, EM SEIA, AUTO ESCADA ELEVATÓRIA. O PERIGO CRESCEU EM CASO DE INCÊNDIO

31-03-2023
Na Assembleia Geral da Associação dos Bombeiros Voluntários de Seia, realizada para apreciar o Relatório e Contas do Ano de 2022, o Presidente da Direcção informou os sócios que deixou, definitivamente, de operar a Auto Escada, adquirida já usada nos anos oitenta, na Alemanha.
Foi ainda dito que se trata de um meio indispensável no caso do socorro a incêndios nos prédios em altura,como acontece em Seia, São Romão, Santiago, Pinhanços, Paranhos da Beira e outras localidades.
A segurança está, assim, reduzida e diminuído o combate de incêndio neste concelho.
O assunto terá sido apresentado à Câmara Municipal, a quem cabe o dever de zelar pela protecção e defesa das pessoas e dos bens e proporcionar os meios para a aquisição.
Apesar desta obrigação, a Câmara Municipal terá mostrado reserva em adquirir, ou comparticipar, no financiamento do equipamento tão indispensável que é!
Não se percebe este alheamento / reserva que, além do mais, não protege os interesses da segurança e das populações.
Mas em contrapartida, reparamos na frota das viaturas adstritas à Protecção civil que circula. Até há quem considere exagerada e sub aproveitada e o mesmo quanto ao pessoal que se ocupa nos Serviços do Município, aos encargos suportados com as festas, palcos, coberturas, tendas, etc. etc., bem menos utilitárias mas, provavelmente, mais vistosas e politicamente rentáveis.
Há que repensar certas decisões e avaliar o grau de equidade que deve existir na aplicação dos recursos públicos.
À Câmara se deixa o apelo de repensar a reserva e colaborar, entusiasticamente, com os Bombeiros no interesse colectivo, não esquecendo que a Auto Escada é um bem indispensável ao interesse geral do concelho.
Não tem que haver, com outras Associações Humanitárias, a mesma correspondência, se é isso que dá causa à negativa.
À Direcção dos Bombeiros e às Associações cabe, em primeiro, a enorme responsabilidade de agir e actuar com vista a aquisição deste equipamento, angariando receitas, promovendo campanhas de recolha de fundos e motivar a população em geral, mesmo também as autarquias, partidos políticos e as demais instituições que, solidariamente, devem colaborar, sejam de economia social ou lucrativa.
Não se peça só aos Bombeiros o que não podem dar se não houver ampla colaboração de todos até porque, financeiramente, a Associação não está em condições de arcar com um encargo que ronda o meio milhão de euros e os seus resultados líquidos são negativos e as receitas não crescem na proporção das despesas e dos encargos.
Haja dedicação à causa!
Por: Alcides Soares Henriques
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