Um recado ao executivo camarário

21-04-2022

Vimo-nos referindo, e até com alguma insistência, às dificuldades que, em certos dias e horas, sentem e sofrem os condutores para encontrarem um estacionamento para as suas viaturas. É desesperante...

É notória a falta de espaço disponível, sobretudo a partir do começo das obras do chamado largo da feira e da zona envolvente.

Os autocarros sentem particularmente essa necessidade, sobretudo ao Domingo quando pretendem estacionamento na cidade e não o encontram, optando, até, por transgredir. Temos que nos esforçar por facilitar a visita de quem nos procura. Se lhe dificultarmos a vida...

Voltando aos estacionamentos, vêm sendo reduzidos ou até suprimidos, o que parece se irá agravar com as obras na Avenida 1.º de Maio. Este assunto, para que vimos alertando, tem de merecer, e rapidamente, a atenção do executivo camarário. Antes de proibir, encurtar e eliminar situações, o que é fácil de fazer (basta de pôr placas), os responsáveis têm de ter imaginação de encontrar alternativas, pelo menos idênticas, de modo que os munícipes automobilísticos, e não só, vejam facilitadas as coisas em vez de as encontrar cada vez mais complicadas.

Entrou-se, de certo modo ou moda, num ataque direccionado ao automóvel, dificultando-o cada vez mais quando deveria ser o contrário. A vida fez-se através da mobilidade e do automóvel.

As lombas já são frequentes, tão desnecessárias em muitos locais. A moda "pegou" e não há reflexão profunda sobre o assunto; Seguiu-se a distribuição, a esmo, de sinalização só a proibir e dificultar tantas vezes pelas artérias da cidade; Permitiram-se esplanadas, mas não se atendeu ao outro lado da vida, nem da circulação.

Claro que me dirão que a cidade deve ser para as pessoas. Sim, mas sempre foi assim mesmo quando na cidade havia mais habitantes e visitantes. Só que as pessoas usam o automóvel...

Atentar equilibradamente nas situações não é tarefa fácil de realizar, pois exige respeito e ponderação por todos os interesses. Nesses todos estamos todos: peões, condutores e os seus meios de locomoção, tão indispensáveis nos dias de hoje em que falta o tempo para tudo o que a vida impõe ou exige. Gostaríamos de ver a nossa cidade cuidada e onde os problemas sejam resolvidos às pessoas e não onde sejam criadas dificuldades, tantas e tantas vezes por meros interesses que não os gerais que à colectividade devem ser proporcionados e outras por decisões precipitadas.

Dificuldades estas que deviam ser tantas vezes evitáveis... se fossem reflectidas.

A lei do abate das árvores aguarda regulamentação, o que já devia ter acontecido. Precisamos, nós a sociedade, de defender o corte abusivo e a supressão de árvores o mais urgentemente que for possível. Destruir árvores pode ser crime, como se acto normal se tratasse, e não podemos aceitar, nem tolerar. O ambiente que todos nós dizemos defender, na teoria, tem de mesmo preservado de quem não sabe ou não tem cultura para o saber fazer. E há muitos exemplos...

Dizer-se que "por uma árvore adulta derrubada se vai plantar uma dezena" não é atitude que se aceite, por não justificável. É mais que tempo de usarmos a nossa capacidade intelectual para nos aplicarmos na defesa do bom equilíbrio do ambiente. Basta de betão, alcatrão, cimento, corte de terra, escavações, etc. pelos espaços verdes que ainda existam.

Só destroem, são caros os trabalhos e dão encargos e não nos fornecem a necessária qualidade ambiental. Há que parar, pensar e decidir com segurança. O dinheiro também é caro.

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