UM SÉRIO DESAFIO ESPERA A HUMANIDADE?…
Por: Alcides Soares Henriques
A Pandemia COVID 19, depois de ano e meio, não está afastada das preocupações e da vida do Ser Humano.
Não vamos ficar todos bem depois dela. Não vamos!
Um ilustre médico, com alguma emoção, defende que "depois disto" não sabe o que acontecerá ao Ser Humano e que estava preocupado, embora com esperança no optimismo...
As variantes que vão surgindo são, por regra, mais resistentes e contagiosas, e a ciência e a investigação têm um constante desafio na procura da maior das eficácias das vacinas. Conseguirão, em tempo oportuno, essa eficácia?
É claro que a angústia do médico tem, aqui, todo um enquadramento como tem sentido o não saber o que vai acontecer às nossas vidas humanas.
Talvez seja prudente e aconselhável reler alguns livros de profecias ou atentar nos sinais da natureza. Conseguia-se, porventura, perceber e depois encontrar o optimismo ou o contrário... Quando a ciência não tem conveniente resposta...
Antes da Pandemia já o Mundo enfrentava (demasiado despreocupado e desatento) a crise climática para evitar, se possível, a catástrofe na natureza e no Homem.
A conjugação dos efeitos e, agora já, das angústias destas duas situações são um muito sério desafio às nossas vidas e até à existência do Ser Humano. Quem pensa seriamente nisto?
Até lá, é muito provável que nos ocupemos com projectos e ideais e/ou empreenda apenas esforço no regresso ao que éramos antes.
Aspiramos continuar o comércio de recursos, já escassos, e que se esgotarão ou usar e repor as mesmas mobilidades que havia, retirar dos oceanos o número que dificilmente oferecem, destruir o ambiente, como até hoje, queimando-o sem regenerar o meio em que vamos ter de viver.
As temperaturas que sobem neste planeta assustadoramente não podem deixar de produzir efeitos.
Não sabemos qual é a amplitude e já nos contentaremos com as consequências menos duras.
Já estamos preparados a pensar nisto?
Não sentimos que as preocupações, que de facto existem, ocupem os responsáveis como deveriam fazê-lo efectivamente.
Hoje é tarde, amanhã será dramático, muito provavelmente...
Poder-se-ão atenuar as catástrofes resultantes da Pandemia e do Clima?
Não sabemos, eu não sei. Tal como o médico, tenho ainda esperança mas já não muita. E nem essa me acompanhava muito tempo se enquanto:
1. A nível local se continua a destruir o meio, cortando árvores sem plantar muitas outras, escavando e betumando o solo, obstruindo a infiltração e reflectindo o calor;
2. Se não aproveitarem ou façam por aproveitar o recurso naturais renováveis, como as albufeiras (Girabolhos e Serra, por exemplo), o sol e o território, florestando aquilo que for possível para equilibrar o clima, as chuvas e a temperatura;
3. Evitar os incêndios, que destroem o ambiente que se regenera;
4. Crias as condições de resposta pronta e eficaz às necessidades no sector da saúde, da justiça, da educação e dos serviços públicos;
5. Reverter as infra-estruturas perdidas e os serviços do aeródromo, do Hospital e do Centro de Saúde, do Tribunal da Comarca, do Turismo, da Serra e da EDP;
6. Ajustar, ao modelo do país, as infra-estruturas da mobilidade, dotando o concelho e a região do que já existe para a generalidade;
7. Sendo bem aparente e sentida a decadência económica, social, cultural e política deste município há muito que reflectir para uma reacção, não apenas contra o marasmo quebrado pelo gastar de recursos improdutivos, mas criar o ânimo optimizado nesta comunidade silenciosamente sofredora e pacificamente em decadência.
Não fazemos muito para nos sintonizarmos com as realidades da natureza. Esperamos, conformados, que um dia tudo regresse ao que nos habituaram.