UM SÉRIO DESAFIO ESPERA A HUMANIDADE?…

30-07-2021

Por: Alcides Soares Henriques

A Pandemia COVID 19, depois de ano e meio, não está afastada das preocupações e da vida do Ser Humano.
Não vamos ficar todos bem depois dela. Não vamos!


Um ilustre médico, com alguma emoção, defende que "depois disto" não sabe o que acontecerá ao Ser Humano e que estava preocupado, embora com esperança no optimismo...


As variantes que vão surgindo são, por regra, mais resistentes e contagiosas, e a ciência e a investigação têm um constante desafio na procura da maior das eficácias das vacinas. Conseguirão, em tempo oportuno, essa eficácia?


É claro que a angústia do médico tem, aqui, todo um enquadramento como tem sentido o não saber o que vai acontecer às nossas vidas humanas.
Talvez seja prudente e aconselhável reler alguns livros de profecias ou atentar nos sinais da natureza. Conseguia-se, porventura, perceber e depois encontrar o optimismo ou o contrário... Quando a ciência não tem conveniente resposta...


Antes da Pandemia já o Mundo enfrentava (demasiado despreocupado e desatento) a crise climática para evitar, se possível, a catástrofe na natureza e no Homem.
A conjugação dos efeitos e, agora já, das angústias destas duas situações são um muito sério desafio às nossas vidas e até à existência do Ser Humano. Quem pensa seriamente nisto?
Até lá, é muito provável que nos ocupemos com projectos e ideais e/ou empreenda apenas esforço no regresso ao que éramos antes.


Aspiramos continuar o comércio de recursos, já escassos, e que se esgotarão ou usar e repor as mesmas mobilidades que havia, retirar dos oceanos o número que dificilmente oferecem, destruir o ambiente, como até hoje, queimando-o sem regenerar o meio em que vamos ter de viver.


As temperaturas que sobem neste planeta assustadoramente não podem deixar de produzir efeitos.
Não sabemos qual é a amplitude e já nos contentaremos com as consequências menos duras.


Já estamos preparados a pensar nisto?

Não sentimos que as preocupações, que de facto existem, ocupem os responsáveis como deveriam fazê-lo efectivamente.
Hoje é tarde, amanhã será dramático, muito provavelmente...
Poder-se-ão atenuar as catástrofes resultantes da Pandemia e do Clima?
Não sabemos, eu não sei. Tal como o médico, tenho ainda esperança mas já não muita. E nem essa me acompanhava muito tempo se enquanto:
1. A nível local se continua a destruir o meio, cortando árvores sem plantar muitas outras, escavando e betumando o solo, obstruindo a infiltração e reflectindo o calor;


2. Se não aproveitarem ou façam por aproveitar o recurso naturais renováveis, como as albufeiras (Girabolhos e Serra, por exemplo), o sol e o território, florestando aquilo que for possível para equilibrar o clima, as chuvas e a temperatura;


3. Evitar os incêndios, que destroem o ambiente que se regenera;


4. Crias as condições de resposta pronta e eficaz às necessidades no sector da saúde, da justiça, da educação e dos serviços públicos;


5. Reverter as infra-estruturas perdidas e os serviços do aeródromo, do Hospital e do Centro de Saúde, do Tribunal da Comarca, do Turismo, da Serra e da EDP;


6. Ajustar, ao modelo do país, as infra-estruturas da mobilidade, dotando o concelho e a região do que já existe para a generalidade;


7. Sendo bem aparente e sentida a decadência económica, social, cultural e política deste município há muito que reflectir para uma reacção, não apenas contra o marasmo quebrado pelo gastar de recursos improdutivos, mas criar o ânimo optimizado nesta comunidade silenciosamente sofredora e pacificamente em decadência.


Não fazemos muito para nos sintonizarmos com as realidades da natureza. Esperamos, conformados, que um dia tudo regresse ao que nos habituaram. 

Será que isto não volta mais como o Mourão contava...?

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